Piloto automático coloca prevenção em zona de risco

Fonte: CMR Comunicação

Especialistas afirmam que a realização de tarefas rotineiras, repetitivas, já assimiladas pelo cérebro, coloca em ação o chamado `piloto automático’, que pode ser definido como uma complexa economia psíquica para dar lugar a novas experiências. Trata-se de um mecanismo natural acionado pela mente, mas perigoso em situações que exigem atenção e concentração, a exemplo de ambientes com elevado potencial de risco.

Para falar sobre o assunto, o Podprevenir entrevistou a consultora e especialista em segurança comportamental, Andreza Araújo, que define o piloto automático como alguém invisível para o qual delegamos atividades já experimentadas algumas vezes e, portanto, com baixo valor agregado. “Esse mecanismo decorre principalmente da autoconfiança, que traz uma falsa sensação de segurança, ou seja, é o pior inimigo da percepção de risco”, explica.

Ela lembra que alguns pesquisadores estimam que o ser humano realize suas tarefas 45% do tempo no piloto automático. “Os hábitos inseguros combinados com a repetitividade, com a pressa, com o improviso, com o presumir que alguém já verificou determinado procedimento, associados ao piloto automático, potencializam em alto nível os riscos no ambiente de trabalho”, complementa a especialista.

Andreza explica também ao Podprevenir, como desligar o piloto automático para que fatos importantes não passem desapercebidos e os mecanismos para identificar quando o trabalhador está com o dispositivo acionado.

Andreza é autora do livro Faça a Diferença: Seja líder em Saúde e Segurança, editado pela Nelpa. Para ouvir a entrevista completa, clique aqui.

Ministério do Trabalho alerta para o perigo da Trombose

Fonte: Ministério do Trabalho

Passar horas parado em pé ou sentado faz parte da rotina de muitos trabalhadores. Esse fator aumenta o risco de doenças como a trombose, que tem no seu Dia Nacional de Combate à Prevenção em 16 de setembro. Em 2016, 10.732 profissionais solicitaram auxílio-doença de origem previdenciária e acidentária, conforme os dados mais recentes da Previdência Social.

De acordo com a coordenadora-geral de Fiscalização e Projetos do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador (DSST), Viviane Forte, nas fiscalizações realizadas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho, as irregularidades mais comuns identificadas nas empresas são falta de assento e de espaço adequados para que o profissional exerça sua atividade sem comprometer a saúde em longo prazo.

Entre as atividades que mais exigem atenção estão as de caixa de supermercado, lojas, farmácias, bancos e outros estabelecimentos comerciais, motoristas de ônibus e caminhão, vigilantes e fabricantes de vestuário.

“Existe uma cultura prejudicial de que o trabalhador é mais produtivo se ficar em pé. A Norma Regulamentadora nº 17 determina alternância de posições, seja lá qual for a atividade. Um exemplo é o caixa de supermercado, que, se não alternar entre ficar em pé e passar um tempo sentado, poderá ter problemas como a trombose “, observa Viviane Forte.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirma que o Ministério atua durante fiscalização também para criar a consciência de que o problema é sério e não pode ser negligenciado. “É fundamental que funcionários e o empregadores tenham consciência de que medidas simples podem evitar riscos para saúde, e é ruim para todo mundo que isso ocorra. O trabalhador adoece, o empregador fica sem o funcionário, e, se a licença médica for superior a 15 dias, o governo vai ter de garantir o auxílio-doença”, adverte o ministro.

O assistente técnico do DSST, auditor-fiscal Jeferson Seidler, aponta uma medida simples que pode ser adotada pelo trabalhador: movimentar-se durante a jornada, mexer os membros inferiores. “Trombose, de maneira simplificada, é o entupimento parcial ou total de veias por sangue coagulado. As consequências são inflamação das veias, com dor e inchaço da região, geralmente as pernas, na área abaixo do joelho. O pior, no entanto, é o risco de uma parte desse sangue coagulado se desprender e `viajar’ pelo organismo, entupindo vasos sanguíneos no cérebro, pulmão e coração, causando, respectivamente, AVC (Acidente Vascular Cerebral), embolia (tromboembolismo) pulmonar e infarto agudo do miocárdio (enfarte cardíaco), situações gravíssimas e muitas vezes fatais”, alerta Seidler. Ele faz um alerta: “Se já tiver varizes ou se houver casos de trombose na família, é importante que a pessoa procure um médico angiologista para avaliar a necessidade de medidas adicionais de proteção, como uso de meias compressivas e medicamentos”.

Pela revista Proteção:
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Comissão faz mudanças nas normas regulamentadoras 12 e 22

Fonte: Ministério do Trabalho

Brasília/DF – A Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), reunida no Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (20), aprovou mudanças nas normas regulamentadoras nºs 12 e 22, respectivamente no que se refere ao transporte de cargas e à atualização de termos na nomenclatura utilizada em itens do Plano de Atendimento a Emergências.

As mudanças realizadas na NR-12 dispõem sobre a possibilidade do uso de teleféricos para transporte de cargas, obedecendo certas medidas de segurança, regras adicionais sobre o uso de dispositivos de acionamento bimanual de máquinas, sinalização de máquinas autopropelidas; além da inserção de quatro termos e alteração de outros três no glossário da norma. As decisões serão publicadas em Diário Oficial da União nos próximos dias.

Outra decisão da CTPP foi a criação de um grupo de estudos para normatizar a prevenção no trabalho com agentes cancerígenos. Outras comissões, que tratam de temas como limpeza urbana, estufagem de contêineres e calor nos ambientes de trabalho, também realizaram discussões e devem iniciar suas atividades ainda neste ano.

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